Em 2017, concluí o Mestrado em Performance Solista da Haute Ecole de Musique de Genebra, cujo curso é composto por máximo 6 estudantes selecionados sob concurso, todos instrumentos misturados.
A formação de harpista implica de tocar de todos os repertórios, da época barroca até as músicas contemporâneas. Muito interessada pelas estéticas contemporâneas, meu repertório se compõe de várias obras compostas após 1950. Participei das estreias de obras de compositores de diversas nacionalidades – brasileira, francesa, suíça, espanhola, japonesa, coreana, chinesa, armeniana, israelense.
Obviamente, o maior desafio de um repertório tão extenso é a busca de sonoridades variadas e adaptadas aos estilos e caracteres de cada peça musical. Aparece então a noção de gesto, onde o movimento é induzido por uma intenção, num grande todo coerente. E assim, a técnica se torna ao serviço da interpretação musical – e não o contrário.
Para os concertos solista, a comunicação com a orquestra é de maior importância, e entender como funciona esse grande grupo se revela essencial.
Dois dos concertos solistas que eu toquei estão disponível no Youtube: o Concerto para harpa de Villa-Lobos com a OFMG em 2021, e o Concertino para harpa de Farkás com a orquestra da HEM em 2017.